Tio berto, a despedida.

lá se foi uma lenda, o bertinho caxangá

dos confins da usina tamoio para o tijuco preto

saiba que temos além do sangue, muito mais em comum!

das memórias afetivas,

do medo, a loucura, a sobriedade

loucura, em um mundo como o nosso? sei não….

não sei tio, talvez, você levou essa vida como tinha que ser levada

no sapatinho e no pedal

a cerveja nossa de cada dia, na imensidão do tijuco preto

são carlos, na rua dos brancos, acima do poeta josé de alencar

das fases de lua, os muitos versículos bíblicos

das piruetas na rodoviária, dos baseados

do trem de sanca a rio claro, levando consigo um pacote

sabe-se lá o quê

que vida, bela e ingrata.

Mande notícias do lado de lá….

um retrato seu, nem na estante?

e depois, e depois, dos confins sabe-se lá

o jogo, o julgo. Mas aqui entre nós…..

lembro bem das tardes de café e cigarro, muitas tardes de café e cigarro

bertoooooo passa o café que eu tô chegando

daniloooooo vou levar sua bike pra arrumar, vc não cuida!

o que fica, saudoso berto, sabe o que fica?

a memória, porque no final, é sobre o afeto

o carinho, e é disso que lembraremos os que aqui ficamos.

tmj meu bom e velho amigo, Tio berto.

De hoje, aquele dia.

me escapuliu…

as imperfeições que extravasam o nosso ser

O sentido da vida cotidiana

O nosso sentir de cada dia

E o medo, de errar, de sentir

A culpa pelas palavras mal ditas e

Não ditas.

E ainda sim, o direito de sentir

Todas as Emoções que saltam

E borbulham nesses tempos

incertos. E ainda sem tempo pra perder.

Pois Insignificante sou

Mas um amante, sobretudo do agora, do Todo

De tudo, do nada, do meio e

Sem tempo pra perder…

terra de Ego, tudo ilusão.

maya, acá e acolá

ilusão,

ilusões do mundo

que mundo? em qual dimensão?

o da baixa frequência

sentidos ilusórios e limitados

pelo consumo do mundo ocidental

antropoceno

quanta audácia.

correria, gritaria, estresse e vaidade

insegurança e o medo

desequilíbrio! desperdício da vida.

existir é para além, é um quaaase….que enxergar o infinito

estar em paz com o Todo,

GAIA, nossa morada

vibrante, dançante, cantante, o tudo

e o nada.

Estar vivo é perceber os ciclos intermináveis

de morte e recomeço, é saber que estamos de passagem

afinal, o mesmo que tem aqui é o que tem lá

somos poeira cósmica, e nos foi dado

este privilégio, a vida em comunhão.

os sentidos, ferramentas extraordinárias

se bem usadas, nos fornece a dimensão, outras possíveis!!!

e ainda ontem

me lembro agora,

caminhando presentemente,

absorvendo, quase….tudo da noite, naquele instante.

e me lembro, somos esses intervalos, entre cada instante

tentando a homeostase

e aqui, bem aqui, um lembrete

pega essa, a cosmovisão

ao final, os dias já não se diferem

e o tempo do relógio?

quanta bobagem desse sistema, do mundo material.

observe Gaia, o sagrado feminino, o essencial

muita alma nessa calma, medite

esvaziando-se ou não, tudo bem

livre arbítrio!

afinal a consciência, o nosso Eu

vem do útero, o líquido sagrado

a mãe,

terra

onde tudo nasce, o amor incondicional

semeando o amor e carinho

mas insistem, maya

nos vendem o céu, o véu da ignorância

mirem o oriente, terra do sol nascente

onde se fez luz, se faz a luz.

tranquilo, estamos bem, e apesar de tudo,

vivendo.

que privilégio,

estar vivo com você, meu amigo e minha amiga

meu único anseio?

que

a palavra viaje e corte, na carne, corte a alma

palavra que se desloca das vísceras daqui, do mais

pro fundooooo EU

ainda agora de pouco….buscando palavras

que ironia, palavra não se busca, ela brota

em solo fértil ela brota,

palavras, são como os meteoros

cuidado ao usá-las, pois são divinas se bem usadas.

Somos Gaia, sou porque tudo é!

alma de criança, sabedoria de um ancião

antenas em conexão, nessa imensidão

desse vasto, vasto universo

somos um pontinho, nano ponto

nanicos, porém: na simplicidade, recordamos os animais.

o saber dos mestres, acalma nosso peito

o coração, e nos faz refletir

sobre a humildade, sabedoria universal

e no final, o ego se esvai, se dilacera!

ego, que se reduz ao pó

pois ao pó, retornaremos.

o sopro da vida.

(alquimia das palavras, o tom,

a difícil arte, a expressão)

um com o todo, e sou porque você é

palavras, em ebulição

antes da palavra, o silêncio, a explosão

pois é quando nos aproximamos do divino sagrado

observando e absorvendo, a implosão

ÁBRA-TE, abracadabra

somos feito esponjas, via terceiro olho

exaltamos aqui todos os chákras, nossa conexão com o todo

campo energético, nanoparticulas (invisíveis aos olhos)

é por aqui o caminho, e lá vamos

pra frente, step by step

filtrando o que é essencial

ás vezes, invisível aos olhos

ao acordar, uma prece

na sequência do dia, a tentativa de existir de forma presente

a cada instante, na eternidade momentânea

onde quer que vamos, vamos com o coração

as frequências são invisíveis, o amor

e a felicidade, o êxtase

tá vendo? a escrita é farta mas limitada, ao menos pra mim

minhas mãos não acompanham meu coração

chacra da vida, nossa antena de captação, afinal somos esponjas

somos animais, em busca da sobrevivência

por isso, a escrita, uma de nossas ferramentas já não descrevem a infinitude

tamanha vastidão dos instantes, infinitos agora

agora mesmo, os sons da manhã

a música que soa como um meteoro nos meus ouvidos

o café matinal, o cheiro do incenso

é tudo, e ainda, um vazio

como os movimentos do coração,

da sanfona,

vai e volta, vai e volta

isso soa como uma linda música, uma orquestra

harmônica

respira, sempre bom lembrar.

lembrando sempre de expirar

e o universo a girar, girar, roda roda

espirais, da vitalidade

fantástico.

sabe o que é uma epifania?

acordar e saber que acordou

se reconhecer no outro, nos outros animais e plantas

somos porque somos, sou porque você é

o tudo e a vastidão que nos acompanha, desde o útero

a fonte, água viva.

Observar e absorver, diz eduardo marinho

ele ainda persiste,

“não somos competidores natos”

cooperação é o caminho, a busca pela homeostase

tá vendo? a arte da escrita, quase que me escorrega

meus pensamentos e as batidas do meu coração

em descompasso com a velocidade dos dedos.

tudo bem, tá tudo bem.

O importante é invisível aos olhos

gosto de repetir, pois palavras me faltam

mas aqui, a energia que emanamos, isso importa

baixa, os orixás, baixa filhos de gandhi

salve meu bom, gilberto gil.

tá vendo? a arte da escrita, de repente

se torna, se forma.

caminhos, esses caminhos que nos traz à tona

a velha infância

a criança que fomos e carregamos

sutil e observadora, daquilo que interessa

os raios de sol da manhã

as estrelas há anos luz daqui

não importa pra criança

pra nossa criança interior

carregaremos infinitamente, para o resto

de nossa medíocre existência

resgatando, o útero

resgatando àquilo que nos emociona

tudo são cores, quantas cores em um dia?

quantos dias? quantas cores desde que viemos?

gira mundo, gira universo,

o vento, na face

a terra, as costas da via láctea

1 dentre 100 bilhões

rsrs

pequenez essa nossa, pequenos demais

as letras já não me acompanham,

palavras são impossíveis, nesse momento

é coisa de sentimento, é coisa do coração

são dimensões que acessamos, de vez em vez

atentos, presentes do presente.

o vento apenas, vai responder.

sopro da vida.

Uma prece aos 34.

de vez em quando me revisito,

os fantasmas do passado

personagens de cada instante, a cada hoje

aos que fui

Grato pelo que Sou

Caminhada de acúmulos, de recomeços

tropeços, vagueando noite afora

ao som da novidade, uma vontade

20 20, o ano da verdade e meditação

ao menos pra mim, e de lá pra cá

me vem as lembranças, somente lembranças

dos que já fui, tantos, tantos que nem sabia mais

me lembro ainda que,

entre um gole e outro, me batia a solidão

entre surtos, paranóias, quase me fui

das tantas vezes, a tristeza em doses cavalares

surtos, psicoses, doce como lucy in the sky with diamonds

ás vezes me arrependo, que raiva

de mim, dos que eu fui

doloroso processo, de internalização

memórias, das explosões de estresse e fuga

das múltiplas realidades, de idade em idade

hoje a redenção

2020, o caos externo

aquiiiiiiii, estou aqui ainda

na difícil arte de compartir

das explosões diárias,

sabor inexplicável

somente o não dizer, às vezes palavras

se repetem, pois me faltam

já não consigo mais descrever o cotidiano

é como enxergar cores e todos os aromas

quantos aromas, quantas cores e sons

textura e o não dito

talvez, não precisamos, basta sentir, basta ser e

tudo bem.

ao levantar, chega a brisa

me revisito, e me lembro

se queres seguir? veja de onde vens

conhece-te, basta-te a ti mesmo

Hoje, um prazer imenso viver e ver a todos e tudo

na imensidão do mundo,

despertar e abrir os olhos, cansados e marejados

quando a dor nos visita, aproveite-a

hora ou outra, um grito,

um sussuro nos ouvidos da menina que linda

flor do cerrado, dourados

daqui, adelante em diante de instante em instante

sonoro feito uma orquestra,

de sons, quantos sons em um dia?

me vou como estrelas dançantes,

porque acá estou

e de tempos em tempos

me sobra, o tempo

afinal, somos instantes

passo a passo, de vagar por aí

entre lampejos, vagueio

balbucio, me estabeleço

um sonho, aqui um sonho

uma oração, uma prece.

amém.

o dia mais feliz da vida, hoje.

o não dito, silêncio

o não escrito, silêncio

Nós entrelaçados, de nós no Todo

e nas múltiplas partes

passado e presente

emaranhado de sensações

não dizeres, apenas sentidos

silêncio, Um barulho não dito

ou também, um estado,

o estar em si com o Todo

sem exageros nem egoísmo

difícil missão,

ainda que transbordamos

nas diferenças

nas sutilezas, nos estranhamentos

do cotidiano, sutil e efêmero

que escorrega por dentre os dedos,

o líquido, a fonte. Ou seria um eterno agora?

já não sei

uma epifania

o cheiro da manhã, o café

apenas nós que se entrelaçam

os pássaros, o gato, o cachorro, os insetos, as plantas e tudo ao redor

no ritmo da música matinal,

doses diárias dessas batidas

afinal, na música chegamos perto dos deuses, do néctar do infinito

balbuciei….confuso,

o silêncio que vem de dentro

já não cabe palavras, em palavras

O eterno agora

a vida, vaiiiiiiiiiiiiiii e volta

gangorra diária,

nos movimentos do coração

do universo, da terra ao redor do sol

as micro e grandes escalas

palavras não ditas

eu dito, o ritmo do meu silêncio….

que ilusão

confuso, né?

poizé. e depois do ponto, o meu café

bom dia.

mas ainda

deixo aqui, uma nota pós escrito…

entre o inspirar e expirar, sinta-se

permita-se, no alvorecer de cada dia

a poesia, o gosto e o cheiro da vida.

uma singela homenagem à vida, nesse novo dia

se escute, hoje, a cada Hoje.

orvalho pela manhã.

Orvalho da manhã

a essência de toda a vida

Água: a fonte de nossa existência

Todas as Percepções em um dia,

cada dia uma vida

Uma vida que se vai… e vem

Detalhes do dia

Joaninha

 o canto do bem te vi

o piscar dos gatos, cigarra o canto, que canto

o soar do apito,

do trem que se esvai

efêmeros recursos. Mas fazer o que?

Incapazes de controle algum

 somos assim e ansiamos pelo amanhã

saudades do amanhã, sede do amanhã

o que perdemos? Detalhes (de nós: os 7 bilhões)

sinta a rotação provocando esses ventos

essa brisa, a precipitação, ahhh o orvalho

detalhes, de cada dia

o novo amanhã,

a vida, e enfim a água.

passando pela vidraça de nossas vistas

cansadas e exaustas

mas lá está….a lua, as estrelas, os planetas

supernova, qual a boa?

Detalhes, tão pequenos (de nós: os 7 bilhões)

O que vale nesse seu dia? A correria ou o esperançar?

Aos Bons -vivants

Me alegro em compartir, dessa existência

Do universo,

que apesar de infinita: a nossa ignorância

Mas incondicional o nosso amor, o alvorecer de novos tempos

Assim é, assim será

O amanhã? De nada sabemos

Infinito o universo e tamanha nossa ignorância

Pequenos, ou tão pequenos como orvalho pela manhã

Efêmeros somos,

coexistindo na fugacidade da vida

Detalhes, tão pequenos de nós

Cada um com sua essência, a lupa diária

Cada um de nós, os 7 bilhões, um a um em sua ascensão

Cada um em sua frequência

Na sua própria batida e ritmo do coração

Em detalhes, células e energia, que emana

Captai-vos uns aos outros.

no meio, uma pandemia.

em tempos de pandemia

profundamente me reencontro

privilégio? sim

resistência? também

culpa? não, nenhuma…

pandemia, lugar de poesia

fria, mas ainda, poesia

são dias, tantos dias

já não sei, sabemos?

quanto vale estar vivo?

Naquela praça uma árvore

tortuosa, feito a vida

em meio à cidade, a árvore

estava ali, ela toda bela

me fez lembrar, a impermanência

em meio, aos caminhos

do meio, meio copo, meio cheio, meio vazio

meio feliz, meio triste

não, meio confuso?

talvez, mas dançando em uma corda bamba

a esperança, berra Elis

quanto vale a vida? quanto vale um suspiro?

quanto vale, um dia?

seu dia, o meu dia, quanto vale em meio o universo?

somos gotas em meio ao oceano da existência

resistir, é não surtar

resistir é o amor incondicional

e que apesar de tudo que está ruim

lá no horizonte, se avizinha uma luz

o conhecimento e a poesia há de reinar sobre os homens e mulheres

e feito criança seguimos

ainda vejo o mundo com olhos de criança

em paz, pelo meio, diante do caos.

Desorganize e se encontre,

boa sorte, meu camarada

vai pelo meio, é o caminho da ascensão.

 

na caverna.

saia de sua zona de conforto

pois um espiritualista que guarda toda sua luz para si

é um egoísta, um falso espiritualista

trabalhe, lute, pois formamos o mesmo tecido social

saia da caverna e fuja da matrix

pois o verdadeiro guerreiro

é da paz,

mas para isso temos que lutar

por todos os seres conscientes

e por aqueles adormecidos

o melhor caminho é do meio

viva no meio dos profanos e espiritualistas

harmonize-se, e opte pelo compasso

pela dança do equilíbrio

saia da caverna, meu caro amigo

sempre negando as aparências

mas no fundo da alma

eu te admiro

rasgue o verbo e exploda-se

na paz, sim é claro

jogue fora todos os males do EGO

inveja, poder, ganância, luxo

e não seja tão egoísta

porque a egolatria é o mal do século

assim como a pressa e a ansiedade

temos sede de justiça e também queremos

um lugar ao sol

mas com muito trabalho,

TRABALHE meu caro amigo

e muito.

Verão Brasileiro.

levante-se e lute

ou vamos morrer trabalhando?

levante-se e lute

ou vamos morrer nas mãos dos golpistas?

Lute como uma mulher

a lá Joana d´arc, ou tantas Joanas e marias por ai

lute como zumbi

desobedeça

crie a desordem, o caos

faça parte da REVOLUÇÃO

mas antes IMPLODA-SE

e depois se EXPLODA

conheça-te a ti mesmo

e alastre a boa nova

seja como as formigas

pequenas mas valentes

ao carregarem folhas

seja como a sociedade das abelhas

onde cada operário tem uma função

LEVANTE-SE  e DESPERTE

para sua missão

você já se des-cobriu?

seja um revolucionário

de si mesmo, e alastre

a boa nova.