(alquimia das palavras, o tom,
a difícil arte, a expressão)
um com o todo, e sou porque você é
palavras, em ebulição
antes da palavra, o silêncio, a explosão
pois é quando nos aproximamos do divino sagrado
observando e absorvendo, a implosão
ÁBRA-TE, abracadabra
somos feito esponjas, via terceiro olho
exaltamos aqui todos os chákras, nossa conexão com o todo
campo energético, nanoparticulas (invisíveis aos olhos)
é por aqui o caminho, e lá vamos
pra frente, step by step
filtrando o que é essencial
ás vezes, invisível aos olhos
ao acordar, uma prece
na sequência do dia, a tentativa de existir de forma presente
a cada instante, na eternidade momentânea
onde quer que vamos, vamos com o coração
as frequências são invisíveis, o amor
e a felicidade, o êxtase
tá vendo? a escrita é farta mas limitada, ao menos pra mim
minhas mãos não acompanham meu coração
chacra da vida, nossa antena de captação, afinal somos esponjas
somos animais, em busca da sobrevivência
por isso, a escrita, uma de nossas ferramentas já não descrevem a infinitude
tamanha vastidão dos instantes, infinitos agora
agora mesmo, os sons da manhã
a música que soa como um meteoro nos meus ouvidos
o café matinal, o cheiro do incenso
é tudo, e ainda, um vazio
como os movimentos do coração,
da sanfona,
vai e volta, vai e volta
isso soa como uma linda música, uma orquestra
harmônica
respira, sempre bom lembrar.
lembrando sempre de expirar
e o universo a girar, girar, roda roda
espirais, da vitalidade
fantástico.
sabe o que é uma epifania?
acordar e saber que acordou
se reconhecer no outro, nos outros animais e plantas
somos porque somos, sou porque você é
o tudo e a vastidão que nos acompanha, desde o útero
a fonte, água viva.
Observar e absorver, diz eduardo marinho
ele ainda persiste,
“não somos competidores natos”
cooperação é o caminho, a busca pela homeostase
tá vendo? a arte da escrita, quase que me escorrega
meus pensamentos e as batidas do meu coração
em descompasso com a velocidade dos dedos.
tudo bem, tá tudo bem.
O importante é invisível aos olhos
gosto de repetir, pois palavras me faltam
mas aqui, a energia que emanamos, isso importa
baixa, os orixás, baixa filhos de gandhi
salve meu bom, gilberto gil.
tá vendo? a arte da escrita, de repente
se torna, se forma.
caminhos, esses caminhos que nos traz à tona
a velha infância
a criança que fomos e carregamos
sutil e observadora, daquilo que interessa
os raios de sol da manhã
as estrelas há anos luz daqui
não importa pra criança
pra nossa criança interior
carregaremos infinitamente, para o resto
de nossa medíocre existência
resgatando, o útero
resgatando àquilo que nos emociona
tudo são cores, quantas cores em um dia?
quantos dias? quantas cores desde que viemos?
gira mundo, gira universo,
o vento, na face
a terra, as costas da via láctea
1 dentre 100 bilhões
rsrs
pequenez essa nossa, pequenos demais
as letras já não me acompanham,
palavras são impossíveis, nesse momento
é coisa de sentimento, é coisa do coração
são dimensões que acessamos, de vez em vez
atentos, presentes do presente.
o vento apenas, vai responder.
sopro da vida.